Matheus Santana

JOINVILLE_Vestibular_2017

Matheus Santana

Estudante de Engenharia Mecatrônica – UFSC Joinville

“Desde o ensino médio eu já sabia qual curso queria, Engenharia Mecatrônica ou Engenharia de Controle e Automação, dependendo da ênfase de cada universidade. Comecei a pesquisar quais faculdades no Brasil ofereciam esse curso ou algo parecido. Por já ter iniciado um curso técnico, me interessava muito por essa área. Encontrei algumas faculdades, só que, por algum motivo, eu me interessava em estudar na UFSC. Estava disposto a mudar para Santa Catarina, sair de São Paulo.

Eu queria criar independência, crescer, aprender tudo sozinho. Porque, querendo ou não, estudar na sua cidade tem uma comodidade. Estudar numa cidade que é em outro estado é totalmente diferente. O vestibular da UFSC foi o único que eu fiz, pelo qual eu realmente tive vontade. Entrei no Bacharelado Interdisciplinar (BI), aqui em Joinville; na época, todos os cursos eram integrados. Hoje estou na Engenharia Mecatrônica.

Viajei de São Paulo a Joinville de ônibus para fazer a prova. Enfrentei sete horas a mais de viagem – era pra eu chegar às 15h e acabei chegando às 22h. No dia seguinte, já era a prova do vestibular, e foi totalmente diferente pra mim, porque os vestibulares com que eu estava acostumado não eram do mesmo modelo. Foi um grande desafio vir pra UFSC, mas eu queria novos desafios. Queria sair, conhecer novas pessoas, novos lugares.

Eu nunca tive empecilho por parte da família, sempre tive o apoio para escolher onde eu queria estudar. Não importa se fosse em São Paulo, Santa Catarina, na UFSC ou em qualquer outra universidade. Durante meu ensino médio fui bolsista numa escola privada, e um dos meus objetivos também era o de não pagar os estudos, estudar em faculdade pública.

Acho que nossos pais e nós sempre temos aquele medo no momento de entrar na faculdade. Como vai ser, com que tipo de pessoas a gente vai estar lidando. Porque são várias pessoas, de diferentes lugares: muitas personalidades, muitas culturas diferentes, então é complicado viver isso. Aqui na UFSC não tive tanto problema, fui muito bem-acolhido quando cheguei, até porque cheguei um pouco atrasado, fiquei perdido. Me ajudaram muito no que eu precisava, tanto os alunos como os técnicos da secretaria, já desde o período da matrícula. Com as pessoas nunca tive nenhum problema.

Quanto ao curso é complicado dizer, porque até agora eu tive a parte lógica da engenharia. Então é uma parte que a gente estuda bastante, que precisa de muito esforço, dedicação, porque não vai ter ninguém cobrando. Quando eu digo ‘ninguém cobrando’, quer dizer que não é a mesma coisa do ensino médio, quando os professores cobram muito da gente. Na faculdade existe uma liberdade, porque o que a gente faz aqui é o que vamos ser no futuro. Nós temos que tomar a iniciativa.

Por enquanto estou adorando meu curso, não sou nenhum prodígio, até porque a gente não tem a estrutura que gostaria de ter. Claro que todo lugar sofre com as dificuldades, falta de salas e de materiais, mas eu vejo os professores e técnicos que se dedicam muito pelo curso, pela faculdade.

O que mais mudou em mim provavelmente foi o amadurecimento, tanto na parte pessoal como na social. Na faculdade a gente começa a ter contato com pessoas da nossa área. Então é outro mundo, começamos a falar de artigo, de pesquisa. Acho que o amadurecimento pessoal e profissional é o que mais muda dentro da UFSC.

Para aqueles que vão prestar o vestibular agora eu diria pra ter foco, que é o de que mais se precisa. Ter certeza da sua escolha, por mais que a gente faça a escolha tão cedo, é muito importante para o seguimento do curso que a pessoa tenha certeza daquilo que quer. É muito importante ouvir outras pessoas, perguntar, tentar vivenciar o curso, o mercado de trabalho. Porque a faculdade é um mundo incrível, o universo se abre.”