Danillo Florêncio

DANILLO_Vestibular_2017

Danillo Florêncio

Estudante de Design

“Vim para a UFSC por acaso. Sou de Palhoça, Santa Catarina, e queria cursar Publicidade e Propaganda, que é um curso que não havia disponível. Então resolvi fazer Design e acabei me apaixonando. Nas primeiras fases, tendo contato com o plano de ensino, descobri que gostava muito de Design.

O curso de Design Gráfico da UFSC é considerado o melhor da região, apesar de haver outros cursos que são considerados muito bons em produto. Eu gosto de estar inserido no ambiente universitário, estar nesse processo, da liberdade com que os professores do curso nos deixam desenvolver os trabalhos.

Eu me sinto muito bem dentro do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Em outros centros já me deparei com algumas situações em que havia pessoas com preconceito racial, machismo, homofobia. Uma vez estava com um amigo em um ônibus fretado para uma festa, quando uns caras começaram a cantar umas músicas racistas, machistas e homofóbicas. A gente acabou discutindo com eles dentro do ônibus. São grupos que têm uma mente mais conservadora que a do pessoal das Artes, Ciências Humanas. É chato isso; mas acho que esse tipo de situação não é um problema da Universidade, e sim de pessoas que vêm para cá trazendo essas mentalidades.

Eu entrei na Universidade por meio da política de cotas. Dentro do curso de Design, já quando eu entrei, o próprio curso se propôs a combater os preconceitos com alunos cotistas. Houve casos de pessoas que foram preconceituosas e, por isso, repreendidas dentro do Centro. Comigo diretamente nunca aconteceu. Eu acho que a política de cotas integrou mais a Universidade aos estudantes negros. Hoje em dia se vê muito mais negros na Universidade, graças a isso.

Meu pai é membro do Movimento Negro Unificado (MNU), que é um dos grupos que pressionaram para a criação das cotas nas universidades. Eu não participo como ativista, mas me interesso, me sinto ativo no movimento e participo nas redes sociais.

Como instituição, a UFSC é um lugar acolhedor – e muito diverso também. Me sinto representado aqui. É uma oportunidade muito importante estar na UFSC, ser uma representação para a comunidade negra, ajudar a gerar mudança social. A vida depois da Universidade é alterada de diversas formas, não só pelo conteúdo, pelo conhecimento que se adquire, mas também no quesito social, por conviver com diversas pessoas aqui dentro.

Além da parte acadêmica, a UFSC é um lugar integrador, e aqui eu aprendi a conviver com as pessoas e respeitar as diferenças.”